17 de maio de 2014

Maria do Rosário: A naturalização da barbárie


* Por Maria do Rosário, para o Favela 247


Fabiane, Francisco, Márcio. Esses são alguns dos brasileiros e brasileiras que sofreram na pele a violência pela via dos linchamentos que se espalham por vários lugares do país. A frequência desses atos de barbárie deve colocar todo o país em alerta. Diante dos casos que se multiplicam, espalha-se um sentimento de naturalização da violência e de falência da sociedade e das instituições do Estado Democrático.


A situação mais recente que chocou o Brasil foi o espancamento da Fabiane Maria de Jesus, morta no início deste mês, em Guarujá, no litoral de São Paulo, ao ser confundida com uma suposta sequestradora de crianças. Ela deixa duas filhas órfãs por causa de um boato espalhado por meio de redes sociais, que repercutiu como pólvora. Fabiane foi julgada, sem direito à defesa, condenada e sentenciada à morte por uma turba enfurecida.


Outros dois casos revelam a violência contra duas pessoas com deficiência mental. Francisco Pinheiro, do Ceará, e Márcio dos Santos, em Alagoas, também foram espancados até a morte. Erramos ao acreditar que seria isolado o primeiro episódio bárbaro dessa série, no qual um adolescente negro foi surrado e amarrado nu a um poste no Rio de Janeiro.


A valorização que setores da mídia deram ao ato dos chamados justiceiros naquele momento incentivou, claramente, ações violentas e ilegais que estão transformando cidadãos que afirmam não mais acreditar nas instituições em pessoas que praticam crimes. Em meio a tudo isso é importante referir a atitude firme de uma jovem estudante que impediu que um rapaz acusado de roubo em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, fosse mais um dessa triste estatística. Na última terça-feira, dia 13, Mikhaila Copello, de 22 anos, colocou-se diante de uma horda furiosa para defender alguém que não conhecia. Ela própria foi agredida verbalmente por evitar a morte do rapaz. Em meio ao episódio, perguntava aos envolvidos:


Que sociedade é essa que acabamos com bandidos virando assassinos?


A determinação desta jovem deve inspirar principalmente as autoridades a assumirem o seu papel e colocarem-se diante das pessoas, impedindo a violência, alertando e responsabilizando quem a promove ou executa. Uma política de segurança voltada à diminuição das mortes violentas exige a formação de uma cultura que enfrente a falsa lógica de que quem defende os direitos humanos é defensor de bandidos.Mikhaila defendeu o ser humano, não qualquer ato que ele tenha praticado. Sua atitude impediu que muitos se transformassem naquilo que dizem condenar: ou seja, se tornarem criminosos. Diante de tais fatos a palavra do Brasil deve ser: basta! Linchamentos não são expressões da Justiça. São a sua negação, são crimes, são violações de direitos humanos.


É verdade que as instituições brasileiras tem muito a melhorar, mas propagar um discurso carregado de ódio e de intolerância é pavimentar o caminho para o autoritarismo, para a destruição de um país para todos, onde cada brasileiro e brasileira deva ser respeitado com igualdade. Fica o exemplo de Mikhaila.

27 de outubro de 2013

PED 2013: Em Niterói, o MOVIMENTO PT é Billé 550!

Em entrevista, Billé diz porque é candidato à presidência do PT - Niterói e apresenta suas propostas:




BLOG: Por que disputar a presidência do PT - Niterói?

BILLÉ: O PT precisa ser independente do governo. Precisa auxiliar o prefeito Rodrigo, mas tem que retomar o diálogo e o apoio ao conjunto dos movimentos sociais da cidade e assim crescer e se fortalecer para dar conta das tarefas que estão colocadas para nós, petistas, como a eleição do companheiro Lindbergh e da presidenta Dilma no ano que vem. Eu sou o candidato com melhores condições de desenvolver esse projeto no partido. Tenho o apoio de diversas lideranças comunitárias e sindicais e sou o único que não tem vínculos (diretos ou indiretos) com a administração pública municipal.

BLOG: Quais são as propostas para o PT municipal?

BILLÉ: Tendo em vista o fortalecimento do partido, defendo 5 eixos prioritários:
· Construção de unidade partidária em torno da defesa dos legados dos governos do PT, com resgaste de nossa história, valorização e propaganda dos projetos implementados e dos avanços obtidos;
· Formação política de dirigentes, militantes e filiados, com realização periódica de ciclo de debates e palestras;
· Fomento à reativação dos núcleos de base;
· Reformulação da política de comunicação do PT, com criação e utilização de instrumentos de mídias digitais e redes sociais;
· Criação de instrumento de transparência dos dados financeiros do partido a todos os filiados, discutido e desenvolvido coletivamente (trecho extraído da tese da chapa).

BLOG: Como os petistas que se identificam com os seus posicionamentos e propostas podem contribuir com a campanha?

BILLÉ: Conversando com amigos filiados, compartilhando o material da nossa campanha disponível na internet, sugerindo atividades através da página no facebook... São inúmeras as possibilidades. Os desafios que estão presentes nesse PED são imensos e toda ajuda é bem-vinda!

11 de outubro de 2013

ARENAS DA JUVENTUDE

*Por Tassia Rabelo;
  Bruno Roger;
  Jorge Alberto.

 Radicalizar na democracia, ouvir mais do que falar!

Junho de 2013 já está marcado na História como o mês em que a juventude sacudiu o Brasil por mais transporte público, saúde, educação, contra a corrupção e por mudanças na política.

Foi um período de mobilização popular em que, pela primeira vez nos últimos 30 anos, o PT não estava diretamente liderando, pelo contrário, nosso partido (como todos os outros) foi pego de surpresa.

Essas mobilizações demonstram o que nós, do movimento FORA DA ORDEM¹, afirmamos desde 2008: "pra uma geração que só viu o PT no Governo Federal, não basta a comparação com o período FHC, é preciso um programa de esquerda e uma nova organização política de massas pra dialogar e organizar a juventude brasileira".

A ampla maioria da juventude brasileira que demonstra simpatia por um partido prefere o PT, mas temos que assumir que existe um desgaste nessa simpatia que não começou em junho de 2013.

Na campanha eleitoral de 2006 vimos parte importante dos setores médios da juventude se entusiasmar com a candidatura de Heloísa Helena. Esse movimento se repetiu e se expandiu na campanha de Marina Silva em 2010 e novamente nas eleições municipais, em candidaturas como a de Freixo no Rio de Janeiro.

Esse desgaste é provocado por três grandes motivos:

a) Os ataques diários da "grande mídia" levam a juventude a identificar o PT como um partido tradicional;
b) Algumas alianças do PT com figuras como Renan Calheiros, Sarney, Collor, Maluf e Barbalho reforçam essa imagem;
c) A ausência de uma organização juvenil de massas e a opção por "secretarias de juventude" giradas para dentro, que não dão conta de organizar o conjunto de jovens simpatizantes do PT.

Em uma entrevista no Programa "Roda Viva", o presidente Rui Falcão convidou a juventude para conhecer o partido, mas onde? Como? Quando? Paulo Freire dizia que na política "forma é conteúdo", a nossa forma de organizar o partido hoje tem poucos espaços para os militantes orgânicos, que dirá para simpatizantes que pretendem conhecer o PT.

Por essas razões e como parte da ofensiva do PT para radicalizar na democracia e aprofundar o diálogo com a juventude brasileira propomos as "ARENAS DA JUVENTUDE", um projeto para ser realizado no primeiro trimestre de 2014, com o objetivo de mobilizar 200 mil jovens, em 2000 mil atividades com Ministr@s, parlamentares, prefeit@s, secretári@s e dirigentes petistas.

A ideia é apresentar um formato diferente das reuniões tradicionais que estamos acostumad@s: as ARENAS devem ser feitas em praças e espaços abertos, onde já seriam locais de encontros de jovens e em formato de rodas.

As figuras públicas do PT que participarem das atividades devem falar poucos minutos, o objetivo é ouvir desde o problema do "buraco da rua" até "aquecimento global". O formato das falações podem seguir de "rodas de conversas".

Propomos que as "ARENAS DA JUVENTUDE" sejam a atividade central do partido no primeiro trimestre, a tarefa mais importante das novas direções que assumem depois do PED, que todos os nossos recursos políticos, materiais e de comunicação (incluindo os programas de Rádio e TV) sejam utilizados para essa mobilização.

Como resultado das "ARENAS DA JUVENTUDE", além de uma atualização do programa do PT para a juventude brasileira, podemos ter um novo impulso para vencer as eleições de 2014 em condições de fazer com que o quarto mandato presidencial do PT seja superior a todos os outros.

1. FORA DA ORDEM é um movimento que começou em 2008, no I Congresso da Juventude do PT e reúne militantes de diversas correntes do partido, além de independentes e simpatizantes.

* Tassia Rabelo foi da Executiva Nacional da Juventude do PT;
* Bruno Roger é Secretário da JPT - MG e Coordenador de Direitos Humanos da JPT;
* Jorge Alberto foi da Executiva Estadual da JPT - RJ.

26 de setembro de 2013

Manifesto do MOVIMENTO PT para o PED 2013 - Chapa Estadual "Partido é para tod@s, na luta!"



“O Partido dos Trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e politica do país para transformá-lá. A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá.”
 Manifesto de Fundação do PT

Já houve época em que dizíamos que deveríamos ser um partido educador e ao mesmo tempo educando, ou seja, o PT deveria funcionar como queríamos que a sociedade funcionasse. Deveríamos ser uma experimentação de socialismo e democracia, mas hoje parece que estamos bem distantes disso.

Mas o PT mudou o Brasil pra melhor? 

Claro que sim, com Lula e Dilma nosso partido transformou definitivamente a história do Brasil, combatendo a pobreza e garantindo a milhões direitos que estão na Constituição, mas nunca tinham sido alcançados.

Mas, e o PT, mudou pra melhor? 

Existem duas respostas para essa pergunta. Do ponto de vista de um grande partido da institucionalidade capaz de vencer eleições SIM. O PT é a maior "máquina eleitoral" do Brasil, que consegue arrecadar cada vez mais recursos e com os melhores programas de TV, que cresce a cada eleição. Do ponto de vista da democracia interna NÃO. Tínhamos uma fórmula que se dizia assim: um partido com um pé na institucionalidade, nos parlamentos e nos governos, e outro pé na militância, nos movimentos sociais e nas lutas diárias do povo TRABALHADOR. Mas parece que ficamos com um pé grande demais, enquanto o outro se apequenou...

Por que isso aconteceu?

Poderíamos dar muitas respostas para essa pergunta, a principal delas é que nosso jeito de organizar o partido e fazer disputa interna mudou. Hoje os núcleos e setoriais não têm mais poder. Formar militantes não é mais importante, importante é organizar filiados, muitos filiados que votem e votem, de preferência, sem questionar no que estão votando.

O PT é um partido socialista e democrático que optou por disputar eleições, mas sem deixar de questionar os limites da democracia burguesa. Nisso vivemos uma grande contradição quando optamos por eleger nossas direções através do PED que reproduz todos os vícios que criticamos nas eleições “do lado de fora”.

Dessa forma passamos a ter mais confrontos de estruturas do que de ideias, não temos nenhum espaço em que a militância possa discutir as divergências e construir as convergências.

No caso do PT do Rio, a situação ainda é mais grave. A inscrição de 20 chapas estaduais só demonstra que a disputa não se dá a partir das ideias e sim por cargos na direção partidária. Um sintoma ainda pior: a Comissão Estadual de Organização do PED propõe que não haja debate entre as chapas, ou seja, a militância do PT não vai saber as posições das chapas.

Mas ainda é possível mudar?

SIM, ainda acreditamos no PT, acreditamos que é possível combinar militância no movimento social e força na institucionalidade, mas para isso precisamos de grandes transformações no jeito de fazer política do PT.

Para contribuir como as mudanças que o PT do Rio precisa apresentamos algumas propostas para o mandato de 4 anos que terão as novas direções:

1 - Sair imediatamente do Governo Cabral e iniciar a construção de uma aliança hegemonizada pela esquerda pra eleger LINDBERGH GOVERNADOR.

2 - Realizar uma campanha de formação de núcleos e fortalecimento dos setoriais, dando poder a essas instâncias nas decisões do PT.

3 – Por uma nova geração de militantes e dirigentes petistas, temos que garantir voz e vez para a Juventude. A JPT não pode ser somente assuntos dos jovens petistas, temos que construir um planejamento de mobilização, organização e formação da juventude, começando por garantir no mínimo 10% dos recursos do PT para a Juventude.

4 - Realizar anualmente um seminário do PT com os movimentos sociais e planejar nossa ação coletiva, fortalecimento esses movimentos e organizar uma Conferência dos partidos e movimentos do campo democrático e popular para discutir o programa da campanha LINDBERGH GOVERNADOR.

5 - Organizar bimensalmente reuniões ampliadas do Diretório Estadual, com a participação de movimentos sociais, intelectuais e dirigentes municipais realizando debates sobre a conjuntura e organizando nossa ação partidária.

6 - Garantir que os debates, reuniões estaduais e atividades de formação aconteçam em todas as regiões do Estado e não somente na Região Metropolitana.

7- Construir campanhas públicas pela Reforma Política, pela taxação das grandes fortunas, pela democratização dos meios de comunicação e pela Reforma Agrária.

8- Criar a Escola Estadual de Formação Política do PT-RJ, em conjunto com a Escola Nacional do PT, para realizar cursos, debates e um plano de formação permanente da militância e d@s dirigentes.

9 – Priorizar, na Escola de Formação, @s jovens, negr@s, mulheres e LGBT's, possibilitando o empoderamento dess@s militantes nas instâncias de decisão do Partido.

10 - Organizar núcleos virtuais e uma intervenção partidária nas redes sociais, com conteúdo e forma atraente para dialogar na rede.

11 - Preparar noss@s militantes e candidat@s para as eleições de 2014, organizando atividades de formação para a campanha eleitoral.

12- A campanha do companheiro Lindbergh deve realizar um duro enfrentamento dos monopólios do Rio de Janeiro, a começar pelo monopólio dos transportes, por isso propomos que a campanha se recuse a receber, direta ou indiretamente, qualquer financiamento dos empresários de transporte público.

13 – Em 2014, o PT-RJ deve liderar, com o campo democrático e popular, uma campanha de esquerda e aguerrida, para REELEGER DILMA em condições de fazer um quarto governo petista superior a todos os outros.

15 de setembro de 2013

5 propostas da chapa nacional 250 - Partido é para todos, na luta!

Por um partido para todos e na luta:

1. Defendendo nossa história, apresentando um projeto democrático e popular para o Brasil;
2. Rompendo com os monopólios do dinheiro, da terra, do voto e das comunicações;
3. Com os movimentos sociais e sem medo de ser de esquerda, sem medo de ser socialista: sem medo de ser feliz;
4.Pela emancipação dos povos de todos os cantos do planeta. Um outro mundo é possível. Viva o socialismo;
5. Contra toda a forma de opressão. Pelo empoderamento dos negros, da juventude e das mulheres em todos os espaços!

9 de setembro de 2013

Feminismo presente! - Reflexões sobre o movimento estudantil e o Partido dos Trabalhadores (as)

*Por Ludmila Queiroz

O machismo está presente em cada canto da nossa sociedade. Submetidas ao patriarcado, as mulheres sabem o quão árduo é a busca por sua autonomia e liberdade. Quando então discutimos a chegada das mulheres ao poder, tão mais penoso é a estrada, em qualquer espaço. No PT não é diferente, no movimento estudantil também não.

O PT, partido que elegeu a primeira presidenta do país, partido que elegeu a primeira negra ao senado, pioneiro na busca pela equidade de gênero nos espaços de direção, uma luta histórica das petistas, com inicialmente as cotas de 30% e agora, a partir do 4º congresso, a paridade de gênero para os cargos de direção, ainda caminha a passos muitos lentos em direção a uma real igualdade de condições de disputa e ocupação dos espaços de poder. Como o feminismo, na maioria das vezes, não se torna pauta central do partido, vemos a perpetuação de atitudes machistas,  como a relação utilitarista com as companheiras, criando as laranjas por exemplo, e com a histórica falta de apoio as candidaturas de mulheres.

No  M.E., da mesma forma, encontramos o machismo que permeia toda a sociedade e a universidade.  Não é difícil identificar a subvalorização das mulheres que atuam nesse movimento: são muito menos respeitadas que os homens nos fóruns públicos. Logo, a desqualificação delas que assumem papéis protagonistas é comum. Não é raro também, a intimidação política se vestir de assédio sexual. Tem homem dirigente que se aproveita dessa condição pra tratar as mulheres como mercadoria ou moeda de troca. São poucos os espaços que discutam o feminismo. O recorte feminista não chega aos debates gerais. Há uma naturalização de situações explícitas de opressão. E isso é apenas a reprodução da lógica machista da nossa sociedade, repetida (de forma consciente ou não) por companheiros e companheiras.

Homens e mulheres têm seus papéis sociais determinados de forma específica.  Somos acostumadas desde crianças com as nossas ações estarem associadas com o espaço doméstico e não com o espaço público. Não é difícil reparar na distribuição desigual nos cursos por gênero, sendo os cursos “masculinos” mais valorizados do que os “femininos”, resultando na maior precarização das condições de trabalho, na menor participação das mulheres nas instâncias acadêmicas, na pouca participação feminina nos espaços públicos (inclusive nos fóruns do movimento estudantil). Tudo isso, somado à falta de estrutura e falta de creches, obrigam as mulheres a abandonarem seus estudos muito mais que os homens.  

A precariedade das políticas de permanência estudantil nas universidades atinge as mulheres de maneira muito especial, já que somos nós que sofremos com a dupla ou tripla jornada de trabalho, que inclui o estudo, o cuidado com a casa e em muitos casos seu sustento. O alto índice de evasão dos cursos pelas mulheres acontece principalmente pelo fato de não contarem com uma estrutura que dê conta dessas demandas, o que faz com que, além de dificultar uma formação de qualidade, provoque um distanciamento dos espaços de articulação política. Isso sem mencionar, os menores salários ainda que cumpram as mesmas funções no mercado de trabalho. Quanto maior for a formação acadêmica, maior será a diferença entre os salários de homens e mulheres.

Em tempo: Ao fazer o recorte racial, mulheres negras, em especial as pobres, que acessam a universidade, (seja pelas cotas, seja pelo FIES, por exemplo) sofrem ainda mais com essa falta de estrutura, jornada dupla ou tripla de trabalho e com a falta de um política de permanência estudantil que dificulta ainda mais o rompimento das barreiras do racismo tão presentes na sociedade, que somados ao machismo, cria um ciclo cruel de invisibilidade às negras.

Necessário também afirmar que, no movimento estudantil secundarista, a realidade não difere muito. Meninas desde cedo convivem com a dupla jornada de trabalho e tem mais dificuldades de serem atuantes nos grêmios e espaços de tomada de decisão. Além disso, a realidade é que muitas meninas não conseguem terminar o ensino básico até os 18 anos. Gravidezes precoces e indesejadas interrompem os estudos, prejudicam a qualidade da formação. Por isso se faz imprescindível uma política de educação sexual sem hipocrisia, que dê autonomia à mulher para escolher se (ou quando) engravidar e caso ocorra, a legalização do aborto é saída que queremos pra decidir sobre nossos corpos “Educação sexual para prevenir. Métodos contraceptivos para decidir. Aborto legal para não morrer.” Isso é o que queremos!

Outro ponto fundamental a ser discutido no M.E. pelas mulheres é a questão da subjugação de seus corpos, a cultura do estupro presente nas universidades e até nos espaços  de organização do movimento estudantil. São recorrentes as denúncias de trotes humilhantes, as queixas de constrangimentos vividos pelas mulheres nas festas e nos campi das universidades, que se relacionam diretamente com a questão da cultura do estupro, condenando a mulher por sua sexualidade e punindo-a com diferentes formas de violações: agressões, constrangimentos e até o estupro.

A opressão, portanto, existe em todos os cantos da sociedade em que vivemos, inclusive nos espaços que construímos com a finalidade de combatê-la. Muitas vezes a questão de gênero é tratada ou com descaso ou como concessão e, mesmo quando a luta feminista é reconhecida como tarefa do Partido dos Trabalhadores ou do movimento estudantil, não há envolvimento de forma dinâmica.

Reconhecendo entretanto os avanços na educação nos últimos 10 anos, cada vez mais, têm mais alunos no ensino superior. Na verdade, temos, cada vez mais, mais alunas no ensino superior. Conquistas importantes já foram alcançadas. Hoje, dentro da UNE as mulheres compõem mais de 30% de sua diretoria, próximo passo: defender que todas as entidades estudantis tenha uma diretoria com paridade de gênero.  Afinal, se somos maioria nas universidades, é justo que sejamos pelo menos, metade das representações d@s estudantes.

Não perdendo de vista que não há socialismo sem feminismo, convocamos todos e todas neste espaço de diálogo fundamental que é o ENEPT, a construir, uma nova concepção de atuação no movimento estudantil e no Partido dos Trabalhadores, mostrando que as pautas feministas devem estar nos itens prioritários da nossa agenda. Que as reivindicações das mulheres estudantes possam se tornar de fato de tod@s estudantes, de tod@s @s petistas.

Ludmila Queiroz é universitária, membro do Coletivo de Mulheres Negras RJ,  Secretária de Combate ao Racismo da JPT RJ e militante do Movimento PT.

Lançamento da Chapa Nacional - PARTIDO É PARA TODOS, NA LUTA



No último dia 03 ocorreu, em Brasília, o lançamento da nossa chapa nacional - Partido é para todos na luta - ao PED 2013.  Estiveram presentes diversas lideranças do Movimento PT,  da Tribo de Minas, do Socialismo 21 e da Esquerda Popular e Socialista, parlamentares e os ministros da Educação, Aloísio Mercadante e de Direitos Humanos, Maria do Rosário, além do presidente do Partido e nosso candidato à reeleição, Rui Falcão.

A ministra Maria do Rosário discursou sobre a necessidade de se buscar uma unidade partidária em prol da defesa do legado dos 10 anos de governo do PT e para intensificar os avanços já obtidos na esfera federal.

Já Falcão reafirmou o seu compromisso com o partido e com a continuidade e o aprofundamento do projeto transformador iniciado pelo governo Lula e assegurado pela presidente Dilma: "O governo do PT conseguiu gerar mais de 20 milhões de novos empregos, tirar mais de 30 milhões de pessoas da miséria e promover a maior ascensão social da nossa história. Ou seja, o nosso projeto de reeleição tem compromisso com essas ações e principalmente com a continuidade dessas conquistas."

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25 de agosto de 2013

Chapa Estadual - PED 2013

Confira quem são os militantes do PT que fazem parte da chapa do Movimento PT para o PED deste ano:

DIRETÓRIO ESTADUAL
HOMENS MULHERES
ALESSANDRO SEBASTIÃO VELHO MENDES ADRIANA DE OLIVEIRA PEREIRA
ALEXANDRE DO AMARAL LOPES ADRIANA LUIZA CONCEICAO PINTO
ALEXANDRE JOSE DE SOUZA ALBA REGINA PINTO DOS SANTOS
ANDRÉ LUIZ DA CONCEIÇÃO MARINS ALVANIR SILVA RIBEIRO
ANDRE LUIZ DA CONCEIÇÃO MARTINS AMANDA EBOLI SILVA BOTELHO
ANTONIO CARLOS SOARES LIMA AMANDA SANTOS DA CONCEICAO
ARLINDO LUCAS RIBEIRO ANGELA MARIA NARCISO
ARTHUR BILLÉ DE JESUS ANGELA MARIA NARCISO
BRUNO BRITO RAMIREZ REIS ANGELA MARIA NARCIZO
CARLOS ALBERTO BILLÉ DE JESUS BIANCA PESSOA
CARLOS EDUARDO B LISBOA CLEANE S. OLIVEIRA
CARLOS EDUARDO SILVA DO NASCIMENTO CONCEIÇÃO DE MARIA DOS SANTOS RODRIGUES
CHARLES ALEXANDRE LIRA JOSUE DEBORA VALERIO GABRIEL 
CHARLES DA SILVA MARMELO DULCINEA LUIZA DA CONCEICAO PINTO
CLAUDIO HENRIQUE SANTOS DA SILVA ELIANA FREITAS
CONRADO BUENO RIBEIRO GOMES ELIANE V. GABRIEL
DANIEL VIEIRA SANTAREM ELZA VELHO MENDES- 
EDMILSON DA SILVA DIAS GABRIELA VALÉRIO GABRIEL
ENES CARDEAL DE JESUS JÚNIOR GISELE CARDOSO DA SILVA
GABRIEL SILVA RIBEIRO GLORIA LÚCIA DELFINO SILVA
GILBERTO RAMOS CEZAR JACILENE DE MORAES FERNANDES
GUILHERME DOS SANTOS RODRIGUES JOSELI MARIA DA SILVA
HENRIQUE SILVA DO COUTO JULIANA MARTINS SANTINI
IGOR NUNES CORREA LANA GOMES DA SILVA
JORGE ALBERTO FERNANDES DE OLIVEIRA LEA LÚCIA RIBEIRO BILLÉ
JORGE OLINTHO DE OLIVEIRA MARINS LUCIMAR PEIXOTO NEVES
JOSE DE OLIVEIRA MASCARENHAS LUDMILA PINTO DE QUEIROZ
MARCELO DOS SANTOS SILVA MARIA APARECIDA JULHO
MARCELO SILVA DO COUTO MARIA AUXILIADORA DE JESUS GOMES
MARLON RAMOS DO AMARAL MARIA DAS DORES GOMES SOARES
MAXWELL CAVALCANTI DE ARAUJO MARIA DAS GRAÇAS BILLÉ DE JESUS
PAULO ROBERTO DE SOUZA GONÇALVES MARIZE MARIA FRANKLIN MASCARENHAS
RAFAEL FARIAS DE SOUZA MONICA CONCEIÇÃO MARINS BILLÉ
RICARDO GUERRERO MENDONÇA OLÍVIA GOMES DA SILVA
ROMULO DINIZ DE FARIAS PATRÍCIA DELFINO SILVA
SEBASTIÃO MACHADO RENATA ARAUJO BATISTA GOMES
SÉRGIO CARDIOSO JÚNIOR SANDRA CRISTINA DOS SANTOS
SERGIO TEIXEIRA DA SILVA SANDRA CRISTINA DOS SANTOS PENHA
VANDERSON DA SILVA TAINÁ TITO DA SILVA
WILLIAN RIBEIRO LIMA TASSIA RABELO DE PINHO
CONSELHO FISCAL
HOMENS MULHERES
JACOB CARVALHO DA SIVA MARIA DAS DORES GOMES SOARES
JOAO SILVERIO ALVES FILHO VANIA DE OLIVEIRA
JOÃO VITOR DE SOUZA MEDEIROS WARLEY DA SILVA
PAULO HENRIQUE ROCHA YANNES MATOS DE SOUZA NETO
COMISSÃO DE ÉTICA
HOMENS MULHERES
FELIPE MARANHÃO CANAVEZEZ LORDELO ANGELINA FARIAS DA CONCEIÇÃO 
MARCELO JOSE CORREA DE CARVALHO CLARA VALESCA GONÇALVES DA SILVA 
VINICIUS DA SILVA GARCIA HERYKA CRISTINA BRAGA PORCINIA
LUCIANA LUIZA DA CONCEICAO SILVA
NATHALIA EBOLI SILVA BOTELHO